Conjuntivite: como diferenciar os tipos e evitar a transmissão
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva — a fina membrana que reveste a parte interna das pálpebras e o branco dos olhos. Embora seja comum e, na maioria das vezes, benigna, pode causar grande desconforto e ser altamente contagiosa, dependendo do tipo.
O que é conjuntivite?
A conjuntivite ocorre quando há uma inflamação ou infecção da conjuntiva, fazendo com que os vasos sanguíneos fiquem dilatados e o olho apresente aparência avermelhada.
Os sintomas mais frequentes são:
- Olhos vermelhos e irritados
- Coceira e sensação de areia nos olhos
- Lacrimejamento excessivo
- Secreção ocular (amarelada ou transparente)
- Sensibilidade à luz
Tipos de conjuntivite e como diferenciá-los
Existem três principais tipos de conjuntivite: viral, bacteriana e alérgica. Saber diferenciá-las é essencial para o tratamento correto e para evitar a contaminação de outras pessoas.
Conjuntivite viral
É o tipo mais comum e contagioso. Causada por vírus, geralmente adenovírus, pode afetar um ou ambos os olhos e se espalhar facilmente por contato direto.
Principais características:
- Vermelhidão intensa
- Lacrimejamento constante
- Secreção aquosa (sem pus)
- Sensação de corpo estranho
- Pode vir acompanhada de sintomas gripais
Transmissão: ocorre por contato com secreções oculares, mãos contaminadas, toalhas, lençóis e maquiagem.
Duração: de 7 a 14 dias.
Conjuntivite bacteriana
Provocada por bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae, tende a produzir secreção mais espessa e amarelada.
Principais características:
- Secreção purulenta (amarela ou esverdeada)
- Pálpebras grudadas ao acordar
- Irritação e vermelhidão intensa
- Pode afetar apenas um olho no início
Transmissão: altamente contagiosa, principalmente por compartilhamento de objetos pessoais.
Duração: cerca de 7 a 10 dias, com melhora rápida após início do tratamento com colírios antibióticos prescritos pelo oftalmologista.
Conjuntivite alérgica
Não é contagiosa. Está relacionada a reações alérgicas a pólen, poeira, pelos de animais ou cosméticos.
Principais características:
- Coceira intensa nos olhos
- Lacrimejamento claro
- Pálpebras inchadas
- Sintomas sazonais (primavera e outono)
- Pode vir acompanhada de espirros e rinite
Tratamento: envolve colírios antialérgicos, compressas frias e controle dos agentes alérgenos.
Como evitar a transmissão da conjuntivite
Independentemente do tipo, alguns cuidados ajudam a prevenir o contágio e a recorrência da doença:
- Lave as mãos com frequência e evite coçar os olhos.
- Não compartilhe toalhas, fronhas, maquiagem ou colírios.
- Troque roupas de cama e fronhas diariamente durante o período de infecção.
- Evite contato direto com outras pessoas enquanto houver secreção ou vermelhidão intensa.
- Limpe as secreções com lenços descartáveis e descarte-os imediatamente.
- Procure um oftalmologista para diagnóstico preciso e tratamento adequado — especialmente se os sintomas persistirem por mais de 3 dias.
Quando procurar um oftalmologista
Embora muitos casos de conjuntivite sejam leves, apenas o oftalmologista pode indicar o tratamento correto. Em casos de dor intensa, visão borrada, sensibilidade à luz ou secreção espessa, a consulta médica é essencial para evitar complicações.
Concluindo
A conjuntivite pode parecer simples, mas requer atenção para evitar a disseminação e complicações oculares. Identificar o tipo corretamente e adotar medidas de higiene são passos fundamentais para a recuperação rápida.
Se você suspeita de conjuntivite, não se automedique — consulte um oftalmologista para o diagnóstico e o tratamento adequados.
27 de Outubro de 2025
